terça-feira, 22 de outubro de 2013

Meios de Comunicação




O ESTRANHO 
Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu um estranho, recém-chegado à nossa pequena cidade.
Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com este encantador personagem, e em seguida o convidou a viver com nossa família.
O estranho aceitou e desde então tem estado conosco.
Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial.
Meus pais eram instrutores complementares:
Minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai me ensinou a obedecer.
Mas o estranho era nosso narrador.
Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias.
Ele sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência.
Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro!
Levou minha família ao primeiro jogo de futebol.
Fazia-me rir, e me fazia chorar.
O estranho nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava.
Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto de nós ficava escutando o que tinha que dizer, mas só ela ia à cozinha para ter paz e tranquilidade. (Agora me pergunto se ela teria rezado alguma vez, para que o estranho fosse embora).
Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas o estranho nunca se sentia obrigado a honrá-las.
As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nossa casa… Nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entretanto, nosso visitante de longo prazo, usava sem problemas sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos e que fazia meu pai se retorcer e minha mãe se ruborizar.
Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas o estranho nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente.
Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos.
Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente vergonhosos.
Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência pelo estranho.
Repetidas vezes o criticaram, mas ele nunca fez caso aos valores de meus pais, mesmo assim, permaneceu em nosso lar.
Passaram-se mais de cinquenta anos desde que o estranho veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era ao principio.
Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais, ainda o encontraria sentado em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia...
Seu nome?
Nós o chamamos Televisor...
Agora tem uma esposa que se chama Computador
e um filho que se chama Celular !







Conte a história para seu grupo.
Antes de chegar ao final, você pode deixar o grupo tentar adivinhar quem é este "estranho"...

Peça para que o grupo relacione numa lista programas de TV e filmes que assistiram durante a semana.
Quais programas retrataram questões importantes? quais retrataram situações de paz? e de violência?
Estamos conscientes do conteúdo dos meios de comunicação? eles me trazem escolhas conscientes?
Selecionamos o que vamos assistir? ou vou pela onda, pela massa, por aquilo que dizem ser bom?
Como cada um se sente ao testemunhar situações de violência repetidamente?
Quais as influências disto para nossa saúde mental e emocional? e individual, familiar e coletiva?

A natureza humana é essencialmente amorosa. Nos relacionamos através do amor nos mais variados níveis:
quando crianças, ao precisarmos de afeto para nossa saúde e segurança; quando adolescentes para fazermos escolhas acertadas e consolidarmos nossa personalidade;
quando adultos para completarmos e fecharmos ciclos, administrar perdas e ganhos;
quando mais velhos na avaliação de nossa vida e preocupação para a morte.

Por que, então, fala-se mais da violência do que da paz?

Nos bastidores de uma Reunião Espírita

terça-feira, 8 de outubro de 2013

 
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Tenha um bom dia!!!!

Porque tudo depende um pouco do seu olhar, do seu agir
e do seu pensamento... Se em tudo houver amor,
nada será em vão. Sirlei L. Passolongo
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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Evangelizadores



"Abençoados os lidadores da Evangelização Espírita, entregando-se afanosos e de boa vontade ao plantio da boa semente".
GUILLON RIBEIRO
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Emoções que Curam


 
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Mensagem do Dia

 

PREPARE-SE PARA ENVELHECER




Este sério problema não poderia ficar esquecido, neste livro que se propôs a orientar o desejo humano de enriquecer-se e ser feliz. A velhice está inserida no contexto condicionador da espécie, desde que o mundo é mundo. Normalmente, as mulheres vivem muito mais do que os homens; atingem 80 a 90 anos e, quando chegam a essa idade, apresentam dependentes quase que em todos os sentidos.

A velhice dos que não tem família é mais cruciante do que as que têm filhos e parentes. Os filhos, principalmente representam muito mais para os pais, embora, na tenra idade, não tenham consciência disso. Uma mãe cria dez filhos, mas dez filhos não dão assistência a uma mãe.
Quanto mais velhos nos tornamos, mais se distanciam de nós os filhos, parentes e amigos. Os filhos casam-se e logicamente constituem famílias. Os netos, enquanto pequenos ainda se lembram dos avós; depois de casados, esquecem-nos também. 



Os bisnetos já não têm afinidades dos filhos e netos para com os avós e assim ficam ainda mais distantes. No mundo a velhice tornou-se um sério problema. A família permanece unida somente enquanto os membros dependem- se um dos outros. Depois de criar asas alçam-se em vôos e jamais se lembram de pais, irmãos e avós. O parentesco em geral tende ao esquecimento. E nesse mundo competitivo os velhos são tratados como simples bagaços inúteis, chegou-se a essa tamanha crueldade! Dificilmente os filhos deixam seus divertimentos, nos seus dias de folga para fazer uma visita aos pais e levar-lhes calor humano e alimentos para as suas necessidades: netos e bisnetos não oferecem o menor carinho aos avós.
Alcançadas suas minguadas pensões e aposentadorias, vivem os velhos em suas próprias casinhas completamente abandonados. 




Dificilmente um filho aparece para visitá-los, netos, noras, familiares todos desaparecem. A solidão e o esquecimento são completos. Jamais passa pela ideia de um jovem fazer uma visita a um avo ou a um bisavô e levar-lhe um agasalho, um remédio, um entretenimento, um pacote de bolachas, um doce uma palavra de carinho, com afeto e calor humano. Não. Ninguém aparece: são velhos a míngua e no esquecimento. Esta é a brutal realidade. 

O mundo, hoje constitui apenas de interesse e corrupção totais. Mães que carregam seus filhos durante meses no seu ventre, que foram sugadas em seus seios, doando a ultima gota de seu sagra do leite, beijos de seus lábios, caricias, calor humano, amparo, proteção, agasalho, hoje são abandonados por seu filhos com tal facilidade como se fossem um jornal velho, um trapo inútil, sem o menor reconhecimento. Esquecem os jovens que um dia ficarão velhos também e de que a vida é uma longa jornada para todos: os pequenos crescem, os adultos envelhecem e a velhice o fim para todos.
         Existem poucas pessoas que souberam se preparar para envelhecer. São poucos os idosos que chegaram ao tumulo independentes, sem precisar de ajuda de filhos, de parentes ou da sociedade. Esses são os verdadeiros gênios da vida: mesmo dispondo de humildes recursos, utilizaram-se dos recursos do espírito e chegaram a conclusões sublimes, compreenderam e superaram todos os obstáculos que a velhice apresenta.

         Os que são materialmente ricos tem também sérios problemas: em muitos casos são intoxicados por remédio e por uma falsa assistência medica que apresentam a morte. O único motivo da presença dos familiares e saber dos pormenores das suas fortunas e dos seus bens, para não serem lesados no inventario – estão ansiosos para ele o inventário e decorar os mínimos detalhes! Ante qualquer ameaça de doença que o velho apresente, todos pensam “Desta vez ele não escapa” já fazem planos, baseados no seu quinhão da partilha.
         Assim infelizmente é a vida: o ser humano, sem exceção é interesseiro, é cretino. Compete a cada um de nós meditar e observar seriamente, até as suas raízes, este serio problema. Sua gravidade e extensão, após sérios exames, apresentar-se-á a cada a um, de acordo com a sua ampla ou limitada visão. Esse é um problema que em grande parte compete aos governos, já que a família se omite totalmente, estamos conscientes que um estudo profundo acerca do assunto poderá trazer luz e uma boa parte da solução. O resto será sanado pelo seguimento do bom exemplo.
         Oportunidades de fazer o bem existem sempre. Portanto, sempre é tempo. O estado existe graças ao povo, e um velho por mais humilde que tenha sido em sua idade produtiva, necessariamente terá contribuído com algo para o Estado. Portanto o Estado terá de ampará-lo, já que a família se omite. Pensar que os jovens poderão interessar-se pelos problemas da velhice é utopia. Eles estão sonhando, estão vivendo um mundo colorido. Os velhos já estão acostumados com a dor, com o sofrimento, com os desenganos profundamente marcados na carne; são os eu amaram ontem e hoje são desarmados.
         Será inútil bater a porta dos jovens, em busca de ajuda, pois eles estão muito ocupados com a vida e não terão tempo para tender. Hoje são jovens, precisam viver a vida euforicamente, em toda a sua imensa extensão. Pensam consigo mesmo: “O que pode me oferecer um velho tremulo? Nada tem para me dar. Para que amparar um velho que a cada dia que passa está mais próximo do tumulo? Pregar aos jovens nos dias de hoje, que os velhos precisam de ajuda, carinho e respeito é utopia e loucura estamos na era da comunicação, estamos na era espacial – que os velhos fiquem na Terra. Os jovens pensam em ir para outros planetas, pensam em ir para os festivais, aos embalos, as orgias. Esta foi sempre a realidade da vinda que finda, a longa e grande estrada percorrida pelos velhos cansados e trêmulos. Mas os jovens ficarão velhos um dia é a imutável lei da natureza, que consome os velhos e lhes permite retornar continuamente a Cida como novas crianças. Explicando melhor, o circulo rotineiro da vida é: terminar-se velho e renasce-se de novo.
         Assim se processa a milenar história humana, em sua escada evolutiva e misteriosa finalidade da existência: “Do novo para o velho e do velho para o novo”. E a imutável lei da vida. Nascer e renascer. Para finalizar, um lembrete aos jovens: é bom que saibam que os velhos estão velhos, mas não estão mortos. Na sua maioria, estão mais vivos do que os jovens, pois estão sempre à frente, foram os que abriram caminhos para os jovens – tanto é verdade que esses caminhos que os jovens estão percorrendo foram abertos e já percorridos pelos velhos.
(Extraído do Livro: Prepare-se para enriquecer de Roberto Stanganelli.

Idosos - Pra você braçadas de flores...

 
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